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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

JOGA A PEDRA NA GENI...

Geni, PT e o PMDB
Parcelas do PT baiano passaram a tratar o PMDB como a Geni ( de Geni e o Zepelim) de Chico Buarque. Estão ávidos para jogar a pedra na Geni por entender que ela (ou ele?) é feita para apanhar, e boa de cuspir.Para o PT, seguindo a seqüência da composição de Chico, Geni dá para qualquer um e por isso é uma maldita. Geni, ou o PMDB como queiram os petistas, reforçou a aliança no segundo turno atraindo o Democratas e o Partido da República. Lógico que o PMDB nega que dê para qualquer um. Os novos parceiros foram bem-vindos porque tinham ( e têm) peso eleitoral e contribuíram para a vitória de João Henrique sobre Walter Pinheiro com uma diferença de mais de 218 mil votos de frente. Daí que os peemedebistas enfezam a cara quando o PT insinua que “ de tudo que é nego torto, do mangue,do cais do porto,ela (Geni ou o PMDB?) já foi namorada.O seu corpo é dos errantes, dos cegos,dos retirantes, é de quem não tem mais nada”. Não é bem assim. O PMDB fez a sua parte. O PT não cumpriu o acordo de apoiar a reeleição de João. Nesse caso específico, sem querer usar uma expressão pesada, o PT foi leviano. Por isso o PMDB pode e deve,sem medo de ser infeliz, abrir a boca e colocar o ex-aliado também na condição de Geni, aquela que dava desde menina, na garagem,na cantina,atrás do tanque, no mato. Aquela que era a rainha dos detentos, das loucas,dos lazarentos, dos moleques do internato”. Hoje,o casal que se dizia ter encontrado a alma gêmea, se alimenta do próprio veneno. Talvez por isso, o PMDB desconfie que,como na obra de Geni, o PT também vai amiúde com os velhinhos sem saúde e as viúvas sem porvir. Mas o PT,em compensação, acha que o PMDB,seguindo Geni, é um poço de bondade e é por isso que a cidade vive sempre a repetir: joga a pedra na Geni. Não quero me valer da belíssima e inteligente letra de Chico para tentar caracterizar o clima de animosidade entre as duas legendas. Burramente elas caminham para o rompimento. Travam,assim, de uma vez por todas, possíveis entendimentos sobre propostas e projetos que têm e?????????C?:m comum. Mas,como já dizia o ditado, quando um não quer, dois não brigam. Aliás,os dois brigam exatamente porque não mais se suportam. E, aparentemente, não há santo que dê jeito. O PMDB terá de arrumar as malas e as cuias e tirar o time de campo – por bem ou por mal. Espero que esteja enganado. Espero que não passe de contratempos naturais na política. Geni, que se recusou a deitar com um forasteiro, acabou sendo convencida e seduzida a fazê-lo ante a pressão da multidão que se abateu sob suas costas. Sentindo-se bajulada (PMDB ou PT querem ser bajulados?) ela teve de atender aos apelos externos. Mas “ao ouvir tal heresia/A cidade em romaria/Foi beijar a sua mão/O prefeito de joelhos/O bispo de olhos vermelhos/E o banqueiro com um milhão/Vai com ele, vai Geni/Vai com ele, Vai Geni//Você pode nos salvar/Você vai nos redimir/Você dá pra qualquer um/Bendita Geni”.Bem, PMDB e PT não cedem.Aproveitando-se do vácuo, o PP,que seria uma Geni menos exposta, está de olho na butique do governo,em cujas prateleiras estão dispostas valiosas mercadorias em forma de cargos. O PP é menos – muito menor que o PMDB,em todos os sentidos.No entanto, para o PT antes cinco pássaros nas mãos do que nove voando. Cada pássaro citado representa um deputado na Assembléia Legislativa. A Geni que cedeu o próprio corpo para salvar a cidade ameaçada lamenta, na nossa história aqui, que a política seja um jogo de traições. A Geni de Chico, depois de deixar o alienígena lambuzar-se a noite inteira até ficar saciado e partir numa nuvem fria com seu zepelim prateado,virou-se de lado e tentou até sorrir. A parte do PMDB e a parte Geni do PT merecem,pois, o mesmo tratamento final da Geni de Chico: “Joga pedra na Geni/ Joga bosta na Geni/Ela é feita pra apanhar/ Ela é boa de cuspir/ Ela dá pra qualquer um/Maldita Geni”.
Editor de Política

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