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domingo, 7 de junho de 2009

JUMENTOS, JEGUES, BURROS...


Sobre mula, asnos e os "fardos" inevitáveis
Domingo, 07/06/2009
Vem da Grécia antiga a história da mula de Tales. Representa a esperteza malsucedida... Sobreviveu ao tempo graças a Plutarco.
Com uma sobrecarga de sal sobre o lombo, a mula encontra um rio pelo caminho. Atravessa-o.
O sal derrete. O peso se esvai. E a mula, supondo que não era burra, não quis mais saber de outro caminho...
O dono da mula, que tampouco queria passar por asno, troca a carga do animal. Em vez de sal, sacos de lã.
A mula toma a picada do rio. Molhada, a lã pesa como sal seco. Por pouco o animal não se afoga. Chega à outra margem. Aprende a lição. E jamais se aventura no rio...
La Fontaine tratou de incorporar a história de Tales ao seu célebre fabulário. Deu-lhe novo colorido. Rimou-a. Metrificou-a...
Em vez de uma mula, serviu-se de dois asnos. Sobre o espinhaço de um, o sal. Sobre o lombo do outro, esponjas.
Nessa versão, os burriqueiros são personagens ativos do drama. Eles montam seus respectivos animais.
Pois bem, o par de burros mergulha no rio. O do sal, aliaviado do peso, sobrevive. O das esponjas morre afogado...
Quase leva junto o seu guia. Depois de lutar contra a morte, o infeliz é resgatado por um pastor...
Eis a moral lafontainiana: “Guiar por cabeças más/não é um bom portamento;/às vezes a dita de um/faz a desgraça de um cento”...
Corta para a Ilhéus dos dias que correm... Zoom na ante-sala de políticos ilheenses... Ninguém disse ainda... Talvez por misericórdia, bajulação... Mas perdem substância, afundam...
Josias de Souza

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