Henrique: diárias em dobro (Foto Pimenta)



Há mais de três meses, Durval Libânio teve de deixar a diretoria técnica do Instituto Biofábrica de Cacau. Contrariado. Conselheiros apontaram irregularidade na sua permanência no cargo, já que o mesmo era professor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), por semelhante jornada de 40 horas semanais.

Agora, quem está na mira é o diretor-geral, Henrique Almeida. Descobriu-se que Almeida viajou a Belém do Pará e também participou de uma missão baiana ao continente asiático acumulando diárias em duplicidade, recebendo-as, ao mesmo tempo, da Biofábrica e do Governo Federal, via Ministério da Agricultura.

Almeida participou de uma missão institucional e empresarial à China entre 13 a 23 de maio. Apesar da viagem ser na condição de presidente da Associação dos Produtores de Cacau (APC), Almeida acumulou diárias pagas pela Biofábrica e Ceplac (R$ 4.014.67 mais R$ 4.775,00) para o mesmo período e missão.

A missão foi coordenada pelo governo baiano e os seus integrantes foram na condição de convidados da nação asiática, com passagens e hospedagem pagas pelo governo.

O recebimento de diárias em duplicidade ocorreu em viagem ao norte do País. Com valores mais modestos, mas incorrendo em igual erro, acumulou R$ 626,00 em diárias pagas pela Ceplac e R$ 855,00 pagos pela Biofábrica. A diferença é que os valores recebidos pela Biofábrica foram referentes a diárias de 22 a 25 e da Ceplac de 23 a 25 do mesmo mês.

O Pimenta não conseguiu ouvir o dirigente da Biofábrica. Na viagem ao Pará, o interesse era do governo daquele estado. Apesar disso, tanto a Ceplac como o instituto sul-baiano pagaram a diária.