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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

LEITURA: ANÁLISE DO NOSSO PAÍS...

Quinta, 14/10/2010

O que diz um jornalista alemão sobre os recentes avanços da economia brasileira e escândalos políticos? O correspondente Alexander Busch, radicado no país há quase duas décadas, tenta responder no livro "Brasil, País do Presente - O Poder Econômico do Gigante Verde", lançamento da editora Cultrix. 
Em sua obra, ele conta que o Brasil ainda é refém dos estereótipos como "futebol, samba, carnaval e praia, de uma sociedade profundamente injusta, marcada pela corrupção e pela violência bárbara". Isso fez, na análise do jornalista, que "a ascensão do Brasil à condição de potencial mundial" fosse ignorada, quase sem repercussão na Alemanha.  
"O país já fracassou anteriormente em suas tentativas de ascensão, e depois disso deixamos de nos interessar por ele. Não é a primeira vez que o Brasil tenta 'decolar' rumo à condição de potência econômica mundial. Nos anos 70, o país vivia numa situação parecida com a da China de hoje", escreve Busch. 
Os capítulos mais contundentes avaliam o desencanto da classe média com os escândalos de corrupção que atingiram o governo do presidente Lula. "Para a grande maioria dos brasileiros, os políticos são invariavelmente corruptos, os partidos são organizações mafiosas e Brasília é um antro de devassidão", compara Busch. 
Para Lula e "seus companheiros", o prejuízo político desse esquema de corrupção foi enorme. Afinal, o PT e seus líderes não representavam só os sindicatos e classe trabalhadora. A classe média e os funcionários públicos também votaram no PT, pois encarnavam um Brasil novo e democrático que já não tinha nada a ver com os antigos clãs políticos. Por isso, todos ficaram muito decepcionados ao perceber que os "ídolos da esquerda" brasileira eram tão cínicos, tão corruptos e tão sedentos de poder quanto os velhos "coronéis" do Nordeste ou os "dinossauros" da política, como o paulista Paulo Maluf. 
José Dirceu, o homem que organizou a vitória de Lula em 2002, é uma figura emblemática. Tinha uma reputação lendária entre os intelectuais brasileiros. Segundo ele conta aos amigos íntimos sobre seu aprendizado político, seu lema na juventude era "matar ou morrer".


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