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terça-feira, 8 de março de 2011

EM EXIBIÇÃO EM TODAS AS SALAS...

PT CORRE O RISCO DE PAGAR POR SUA PRÓPRIA ARROGÂNCIA

Terça, 08/03/2011
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Geraldo Simões tem ditado os rumos da esquerda em Itabuna
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O PT de Itabuna poderá pagar muito caro por ter se tornado um partido autocrático, fechado e de mão única. Militantes ligados ao núcleo dirigente podem discordar, esbravejar e chamar o escriba de desinformado, mas certamente toda essa reação que antecipamos não passaria de uma indignação natural de quem não é muito suscetível às críticas de quem está do lado de fora. Tipo a mãe que não aceita reclamações contra o filho, mesmo sendo este uma peste.
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É fato que o PT local se apegou a um projeto familiar e dificilmente o candidato do partido a prefeito em 2012 deixará de ser Geraldo Simões ou Juçara Feitosa. Aliás, têm todo o direito de ser, já que um é deputado federal reeleito, já foi prefeito de Itabuna em duas ocasiões, enquanto a esposa teve em torno de 40 mil votos na eleição de 2008, ficando em segundo lugar na disputa.
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Não se deve, porém, deixar de considerar que Geraldo reduziu seu patrimônio eleitoral nas últimas eleições e Juçara Feitosa sofreu uma derrota acachapante em 2008, cedendo a vitória a um inusitado e saltitante Capitão Azevedo.
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Sinais de arrogância e isolamento começaram a se manifestar no geraldismo desde o segundo mandato do político como prefeito de Itabuna. Há queixas de ex-aliados (somados a prováveis ex-aliados), que se cansaram de fazer política a reboque do PT e não serem respeitados pelo partido quando no poder municipal. Outros simplesmente não aceitam mais que Geraldo Simões dite os rumos e as regras, sujeitando os demais à passiva condição de seguidores.
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O PT sofreu na última década duas derrotas em Itabuna (2004 e 2008), a primeira já com o companheiro Lula no Governo Federal e a segunda com o partido governando o Brasil e a Bahia. Ou seja, não faltou apoio e as circunstâncias raramente seriam tão favoráveis, não fossem os rumos equivocados do partido no município.
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No ano 2000, Geraldo Simões foi eleito graças a uma super-aliança de nove partidos que não se repetirá tão cedo. Nos últimos anos, o que se vê é o afastamento entre os componentes daquele grupo (alguns do próprio PT debandaram do núcleo geraldista e até do partido).
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Para 2014, anuncia-se a formação de novos grupos, tendo como maior novidade a disposição do PCdoB de ter candidato próprio. Não há outro caminho e se o partido não encabeçar uma chapa em 2012 se desmoraliza, segundo afirmação do próprio presidente do PCdoB no município, o vereador Wenceslau Júnior.
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O cenário para o geraldismo não traz o prenúncio de facilidades. Se ao bloco dos decepcionados juntar-se o dos adversários históricos, a situação se tornará ainda mais complicada para o petista, que poderá sofrer sua terceira derrota em três eleições municipais consecutivas. Assim, ficará muito difícil, senão impossível, impor regras na próxima disputa.

Politicaetc

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